Evento propõe a criação de um espaço de diálogo entre empresas, comunidades e Estado em Barcarena

  Representantes da sociedade civil e do setor industrial de Barcarena se reuniram na última quinta-feira, 18 de abril, com o propósito de efetivar a adesão a um Fórum de Diálogo Intersetorial no município. O encontro reuniu mais de cem participantes no Hotel Equinócios, em Barcarena, e apresentou a proposta de criação de um sistema de governança que enfrente os impactos socioambientais a partir do diálogo em um espaço público, envolvendo empresas, estado e sociedade civil.

Durante o evento, houve a assinatura de um termo de adesão ao Pré-fórum, etapa que definirá a estrutura e o funcionamento do Fórum de Diálogo Intersetorial. O documento foi assinado por representantes de entidades locais, empresas do grupo Hydro (Albras, Alunorte, CAP) e membros do poder legislativo. Ao todo, foram 40 signatários que se propuseram a debater o funcionamento de um espaço público de participação, que se propõe encontrar soluções para os desafios de Barcarena, com um debate acessível às comunidades, tirando-o do âmbito exclusivo do setor privado, das instituições de Estado, ou mesmo de grupos muito restritos da sociedade civil.

O evento integra uma série de ações que o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) desenvolve em Barcarena desde 2009. O IEB é uma instituição brasileira do terceiro setor dedicada a formar e capacitar pessoas, bem como fortalecer organizações nas áreas de manejo dos recursos naturais, gestão ambiental e territorial e outros temas relacionados à sustentabilidade. 

Ações intensificadas em busca de Fórum Intersetorial em Barcarena

Na última sexta feira, 01 de fevereiro de 2013, os projetos de fortalecimento da sociedade civil de Barcarena realizaram mais uma atividade em busca da consolidação de um Fórum de dialogo intersetorial no município, que reúna as organizações sociais, as empresas e os órgãos públicos (prefeitura, governo estaduale federal) para dialogar e encontrar soluções para os problemas socioambientaisdo município.

A oficina, realizada em Barcarena, reuniu cercade 60 lideranças da sociedade civil local.  A coordenadora de projetos do IEB, Maura Moraes, apresentou o propósito do Fórum e os passos que têm sido dados para implantação desse espaço de debate.

Durante essa atividade os participantes indicaram e apresentaram os temas prioritários a serem debatidos no Fórum, tais como, saneamento, orçamento público, dentre outros. “Trata-se de um exercício de olhar as questões estruturantes de forma estratégica,pensando as prioridades conforme o tempo que devem ser efetivadas – em curto, médio ou longo prazo”, explica Moraes. A próxima oficina está marcada para o dia 23 de fevereiro. A proposta é dar continuidade ao exercício iniciado, assim como avançar no debate sobre a estrutura do espaço publico.

Reuniões

Paralelo às oficinas, uma série de reuniões estão sendo realizadas para divulgar e buscar apoio à implantação do Fórum em Barcarena. Em janeiro, membros do comitê de acompanhamento dos projetos se reuniram com o secretario de Educação, Cultura e Desenvolvimento Social, Pedro Negrão Rodrigues, e com o secretário de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano, Nelson Leão Silva Delgado.ParaMoraes, a proposta foi bem recebida. “Segundo os dois gestores, há sintonia destes princípios com o modelo de gestão que será implantado no município”, explica Moraes. Seguindo também esta diretriz, haverá uma reunião com a Associação Empresarial de Barcarena (ASSEB), no dia 05 de fevereiro

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Barcarena Rumo ao Fórum!

No último dia 07 de setembro chegou ao Brasil, vindo da noroega, o grupo composto por representantes da sociedade civil Barcarenese, membros do Instituto de Educação do Brasil (IEB) e do Ministério Público do Pará. As atividades desenvolvidas pelo grupo em Oslo, capital daquele pais, fazem parte dos projetos de fortalecimento institucional de Barcarena. Dentre as atividades, destaca-se a reunião com a Hydro, na qual foi proposto que a empresa faça parte da construção de um espaço público de diálogo intersetorial, que buscará o desenvolvimento sustentável deste minicípio, na ocasião foi entregue aos representantes da empresa a publicação denominada Posicionamento da sociedade civil pró fórum em Barcarena. (material este que será lançado para todo minicipio no mês de novembro)
 O grupo também reuniu-se com Peace research intitute oslo (PRIO), um tradicional centro de pesquisa que atua nas linhas de dinâmicas sociais, estudos de conflitos e dimensões de segurança e que desenvolve trabalhos no Brasil principalmente na temática violência urbana; outro grande momento foi o encontro com representantaes da AIN - Ajuda das igrejas Noroeguesas, ong que apoia os projetos sociais desenvolvidos em Barcarena.

ALBRÁS AMEAÇA FECHAR AS PORTAS!

Cerca de 2 mil trabalhadores da empresa Albrás, com sede em Barcarena, vivem dias de apreensão depois que os diretores  anunciaram que a empresa  que pode fechar a fábrica local se o custo da energia não for reduzido. Pois os mesmos alegam que a taxas cobradas são abusivas e que metade de sua despesa é com energia.

''abusiva mesmo é a taxa que nós temos que pagar para que essa empresa tenha energia barata'' 

Também devemos lembrar que grande parte dos recursos empregados na construção deste empreendimento são de subsídios do governo, ou seja, dinheiro público, dinheiro este também usado na construção da usina hidrelétrica de Tucuruí, erguida para suprir a necessidade energética da cadeia produtiva do alumínio, e, desde o inicio os diretores já tinham conhecimento de que a produção de alumínio consome muita energia, então, usar essa desculpa agora não parece ser a melhor alternativa, deve se averiguar quais os interesse por trás desta ameaça, pois todos nós sabemos o potencial do município de Barcarena, que chegou a receber só de janeiro a junho do ano passado 13% de todo o capital externo que entrou no Brasil, então não é aceitável que por causa de taxas que nein são tão altas, uma empresa queira sair de nosso municipio.

 Parte grande deste recurso (R$ 5 bilhões) será empregada na construção da Companhia de Alumina do Pará (CAP),e que fornecerá matéria prima para a empresa em questão. Sendo assim em lugar nenhum do mundo a Albrás terá oque barcarena lhe oferece, matéria e proximidade da zona portuária e por que não citar energia barata.

A parte vergonhosa desta história é que o governo irá negociar a redução da tarifa sobre o consumo de energia com a Albrás, mas como todos nós sabemos este mesmo governo há anos privatizou a rede celpa (centrais elétricas do Pará), então não existe um motivo para o governo sentar em mesas de negociação ou será que mais uma vez teremos qe pagar essa conta?

Ah, só um pequeno dado da internet.

''A cadeia produtiva do alumínio em Barcarena é a única completa do Pará e representa 1/3 do PIB. A Albras é um elo dessa cadeia, transforma alumina em alumínio e vende para empresas como a Alubar (também em Barcarena) que produz cabos de alumínio.''


Mais uma coisa!

A Justiça paraense condenou as empresas ALBRAS e ALUNORTE  a pagarem indenizações por danos ambientais comunitários de Barcarena, como indenização e reparo de danos por um acidente ocorrido em 2004. A sentença é do juiz da 1ª Vara da Comarca de Barcarena, Raimundo Santana.  A indenização é de quatro salários mínimos (por danos materiais) e R$ 30 mil (por danos morais) a cada um dos 15 moradores da Vila do Conde.
A ação foi movida, em sua maioria por comerciantes da área, devido ao aparecimento de uma poeira de cor preta que poluiu a atmosfera do lugar, em especial na praia. 

REDE PRÓ FÓRUM: Unidos Por Uma Barcarena Melhor!

No dia 14 de dezembro, o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) promoveu em parceria com a rede PRÓ-FÓRUM, um workshop com o tema: “Sociedade Civil e Empresas em Barcarena: estratégias para o diálogo social”, com o objetivo de identificar as possibilidades e limites no diálogo e nas relações entre as indústrias que atuam no município e entidades da sociedade civil, apartir da realidade local, afim de estabelecer um vínculo entre sociedade e empresas, uma vez que o municipio de Barcarena vive a expectativa da implantação do FÓRUM  de sustentabilidade local, espaço onde sociedade, governo e empresas discutiram e emcaminharão soluções para o desenvolvimento da cidade como um todo.

Entre os participantes do evento estava um dos membros da organização não governamental Ajuda da Igreja Norueguesa (AIN), Arne Dale, que fez um relato e tentou de maneira simpificada explicar a forma como a sociedade civil da Noruega se relaciona com as empresas naquele país.  A participação dele é estratégica no encontro tendo em vista que as principais que indústrias que atuam em Barcarena (Albrás,Alunorte e a Companhia de Alumina do Pará) pertencem a multinacional norueguesa Norsk Hydro (NH). empresa na qual a ong norueguesa é acionista, Arn também falou da forma em que o governo daquele pais usa os meios de comunicação para vender a idéia de progresso e assim conseguir a instalação de grandes projetos em áreas antes povoadas por povos indigenas e comparou uma usina hidroelétrica construida ao norte daquele pais com um polêmico projeto brasileiro a qual chamou de: ''A BELO MONTE NORUEGUESA''.

A oficina também contou com a palestra do Professor da PUC, Ciro Torres, que mostrou quais os indicadores e instrumentos que favorecem as empresas atuarem de forma mais transparente e responsável com as comunidades que lhes cercam. Participaram também do evento César Vasconcelos (Norsk Hydro), que falou um pouco da história desta que é uma das maiores produtoras de aluminio do mundo e também Elena Brito (ASSEMB, Associação das empresas de mineração e metalurgia de Barcarena) que também deu sua contribuição expicando aos participantes qual a função desta entidade e falou  ainda que esta organização apenas auxlia as empresas associadas a  exercerem um bom papel perante  a sociedade ou como ela disse ''os stakeholders'' porém cada empresa têm sua autonomia ou seja cada uma faz da maneira que quiser.

A atividade faz parte dos projetos de fortalecimento institucionais em Barcarena, promovidos pelo o IEB e entidades da sociedade civil local, com o apoio da União Europeia e com recursos do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Imerys e o Ministério Público do Estado do Pará. Atualmente as ações dos projetos tem se direcionadopara a construção de um Espaço Público [EP] que promova o embate democrático de idéias acerca dos rumos do município, envolvendo o Estado, as empresas e a sociedade civil organizada.

Foto oficial do evento

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